Curiosidades: A Uerj, o Vasco da Gama e a luta contra o Racismo.

Dica que pode cair no vestibular da Uerj em 2024, a Universidade é uma das primeiras que promoveu inclusão social e racial nos seus concorridos concursos de vestibulares, foi a pioneira em instituir a política de cotas dentro do cenário nacional universitário.

Curiosidades: A Uerj, o Vasco da Gama e a luta contra o Racismo.

“Segundo o Center for World University Rankings de 2022, estamos falando da 8ª melhor universidade brasileira. Além disso, ela é pioneira em inclusão social e racial. Foi a primeira universidade de todo o país a instituir política de cotas, desde o ano de 2000 – 12 anos antes da Lei de Cotas nacional!”

Em 2000 ALERJ aprovou uma lei que foi responsável em reservar metade das vagas das universidades estaduais para os alunos de escolas públicas do Estado. Em 2001, uma nova lei determinou aos estudantes que 40% dessas vagas dentro do vestibular, tinham que ser destinadas aos alunos autodeclarados negros e pardos. Com esse histórico da UERJ, relacionamos a Resposta História do Vasco que ocorreu em 1924, e em 2024 completa-se 100 anos deste feito histórico que simboliza um fato que simboliza a luta contra o preconceito e o racismo no futebol, que atualmente é um esporte extremamente popular nos dias atuais.

No ano de 1923, o campeonato equivalente ao carioca era chamado de Liga Metropolitana, com seis grandes e os mais importantes clubes Flamengo, Vasco, Fluminense, Botafogo, América e Bangu. O Vasco era o único time de futebol, que tinha no seu elenco jogadores negros, pardos, brancos pobres e imigrantes, a Liga Metropolitana de Futebol tentou exigir do Vasco que fosses excluídos seus atletas negros e operários, seu Presidente José Augusto Prestes recusou-se a obedecer a Liga Metropolitana e manteve os 12 jogadores no seu time, então os cinco grandes do Rio de Janeiro da época criaram uma nova Liga AMEA (Associação Metropolitana de Esportes Atléticos). Então dentro do Rio de Janeiro (o antigo Distrito Federal) haviam dois campeonatos disputados paralelamente a Liga Metropolita com o Vasco e com times de menores expressão e a AMEA com os cinco grandes e sem o Vasco. A Diretoria vascaína, apresentou um documento que ficou registrado na história, “A Resposta Histórica”, onde o Vasco negou ir para a Liga AMEA e permaneceu na Liga Metropolitana (mesmo sem os cinco grandes clubes), conquistando novamente o campeonato em 1924. 

Fonte: Rio Memórias (riomemorias.com.br)

A Liga AMEA percebeu na época que os jogos da Liga Metropolitana de Futebol estavam sendo mais rentável por causa direta do Vasco, todos os jogos da Liga Metropolitana (especialmente do Vasco da Gama), tinham públicos significativos, maiores do que os principais jogos dos cinco maiores clubes da AMEA (Bangu, América, Fluminense, Botafogo e Flamengo). Então a direção da AMEA convidou o Vasco a participar da Liga, dando a permissão que o clube permanecesse com os doze jogadores considerados excluídos “os atletas negros e operários”.

Portanto, em 1925 a Liga AMEA foi obrigado a convidar o Vasco, perceberam que era desvantagem no campo econômico, deixar o Vasco jogando a outra Liga, com esta curiosidade, encontramos um paralelo que pode ser cobrado no vestibular da Uerj, pela associação do pioneirismo da UERJ de aproximadamente 20 anos (onde a instituição aderiu a inclusão de cotas raciais e sociais no seu programa de ingresso), com o posicionamento do Vasco da Gama, que manteve no seu quadro funcional de atletas jogadores de futebol negros e brancos pobres que na época eram proibidos de participar das competições oficiais do antigo Distrito Federal. 

O vídeo abaixo tem a torcida do Vasco cantando e na letra da música tem a frase "negos e operários".

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